Assim começou a peleia
A decisão do Campeonato Gaúcho de Endurance, ocorrida no último final de semana, no Autódromo Internacional de Guaporé, contou com fortes emoções e vários acontecimentos decisivos para o certame - que estava aberto em todas as categorias.
Bela BMW com motor GM V8 feita pela MC Tubarão
Skorpius/Opel de Lisandro Webber de volta
AS Vectra, outro modelo pouco visto atualmente
Telmo Jr. e equipe lutaram e foram para a pista com o Logus
Destaque para a participação de alguns carros, como a estréia da BMW E36 #22, da dupla de pai e filho Rudimar e Eduardo Müller, carro que, além de muito bonito e extremamente bem construído pela MC Tubarão, conta com o forte motor Chevrolet V8 que ocupava o protótipo da equipe, alguns anos atrás. Destaque, também, para o protótipo Skorpius/Opel #44 de Lisandro Webber, que estava afastado há alguns das provas, sendo que já disputou a vitória geral na 12 Horas de Tarumã em 2004/2005, e também para outro modelo que disputou provas de longa duração durante muitos anos mas pouco tem-se visto ultimamente, um AS Vectra. Por fim, o Logus #51 Guaporense de Telmo Jr./Postal/Eberle, que tiveram quebra no sábado e lutaram com a troca de motor até poucos instante antes da largada.
A pole position ficou com o MC Tubarão #5 (Tiel Andrade/Bruno Justo), com o tempo de 1:06,664, seguido pelo MRX #10 (Pierre Ventura/Machão Cardoso/Tigrinho).
Carros da classe IV imprimiram forte ritmo na 1a bateria
A primeira bateria foi de um pega constante pela ponta entre o Tubarão e o MRX #10, postulantes ao título da classe I, que trocaram de posição várias vezes. Na classe IV, Délcio/Marcelo Dornelles (Voyage #3) e Airton/Isadora Diehl/Roberto Trettin (Gol #11) imprimiram forte ritmo, andando "colados" por um bom tempo, e um pouco mais atrás outro bom pega entre os Gols #77 (Tardivo/F. Bareta/Lima) e #53 (Márcio Martins), que estava em disputa direta com o #11 pelo título.
Um dos carros mais clássicos do automobilismo gaúcho atual, após pancada
Já na primeira bateria, também, o título começou a se desenhar para várias categorias. Na classe IV, com o abandono do Gol #53 na volta 18 e, quase no final da bateria, um forte choque do Voyage #3, tocado por Délcio Dornelles, que foi atrapalhado por dois protótipos que disputavam posição e acabou chocando-se frontalmente com a proteção de pneus da curva da vitória, ocasionando provável perda total de um dos carros mais clássicos do Endurance Gaúcho. O piloto teve algumas dores após sair do carro, mas fez exames e, felizmente, esta lenda do automobilismo gaúcho passa bem.
Fusion abandonou na primeira bateria
Outro que abandonou, com problemas mecânicos, foi o Ford Fusion V8 tubular #9 de Luciano Mottin/Mezzomo/Vilson Jr., na volta 40, facilitando o trabalho da Ferrari F430 de Poeta/Steyer/Silveira na busca do título da classe III.
Fogo obrigou bombeiros a invadirem a pista
Protótipo não teve condições de disputar a 2a bateria
E, na penúltima volta, outro lance decisivo: na penúltima volta, o Tubarão reassume a liderança ultrapassando o MRX #10, que, na última volta, chegando na última curva, teve uma quebra de câmbio, seguida por um incêndio que fez com que a equipe do Corpo de Bombeiros tivesse que intervir na pista, mesmo com alguns carros ainda concluindo a volta aos boxes. O fogo derreteu vários componentes importantes do motor do protótipo, tirando-o de vez da disputa.
Cali Crestani correu no Spyder Opel #16, ao invés do Tornado Hayabusa
Na classe II ainda continuava a disputa, com os líderes do campeonato, Marcelo Bottizo/Francisco Rossi (Spyder/VW #93) sendo seguidos por Cali Crestani, em busca do título. Cali não participou da prova com o seu Tornado/Hayabusa, entrando em parceria com Irineu Camargo/R. Bordin no Spyder Opel #16, e ainda tinha chances.
Ricci/Rosso venceram a classe III
A segunda bateria foi para confirmar os títulos, e com menos disputas, devido a ter apenas 12 carros largando, mas teve alguns lances interessantes, como a rodada da Maseratti #55 de Cláudio Ricci/Felipe Rosso que, mesmo assim, obtiveram a segunda colocação geral na prova e venceram a classe III.
Destaque para Bottizzo/Rossi, que sagraram-se campeões da disputadíssima classe II logo na sua temporada de estréia, e para Airton e Isadora Diehl, primeira caso que se tem conhecimento de pai e filha sagrando-se campeões no automobilismo nacional.
Com o resultado, o campeonato acaba assim (ainda aguarda homologação FGA):
Cat. I: Tiel Andrade/Bruno Justo (MC Tubarão #5)
Cat. II: Marcelo Bottizzo/Francisco Rossi (Spyder/VW #93)
Cat. III: Fernando Poeta/Carlos Steyer/Alexandre Silveira (Ferrari F430 #18)
Cat. IV: Airton/Isadora Diehl/Roberto Trettin (Gol #11)
Cat. V: R. Giordani/R. Zen (Courier #72)
Texto e Fotos: Niltão Amaral/Divulgação